sábado, 19 de maio de 2012

Curta "RED"

Esse curta de Jorge Jaramillo e Carlo Guillot, dá vida a uma versão mais sinistra do conto da Chapeuzinho Vermelho, de uma forma muito criativa e bem feita.

Curta o curta!


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quinta-feira, 10 de maio de 2012

O Grande Dilúvio Grego

Deucalião e Pirra recriando a humanidade

O fanatismo religioso levou Licaón, o rei da Arcádia, a realizar sacrifícios humanos. Chegou ao ponto de sacrificar todos os estrangeiros que chegavam a sua casa, violando a sagrada lei da hospitalidade.

Desaprovando essas aberrações, Zeus, o deus dos deuses, fêz-se passar por um peregrino e hospedou-se em seu palácio. Licaón preparou-se para sacrificá-lo, assim como havia feito com outros em nome de sua religiosidade. Mas antes mandou cozinhar a carne de um escravo e servir a Zeus. Enfurecido, o deus transformou Licaón em um lobo, e com um raio, incendiou o seu palácio que tinha sido testemunha de tanta crueldade.

Licaón era pai de inúmeros filhos, quase uns 50, tidos com muitas mulheres. Os filhos de Licaón eram tão cruéis quanto o pai e se tornaram famosos por sua insolência e seus crimes. Tão logo ficou sabendo das barbaridades dos filhos de Licaón, Zeus novamente se disfarçou de um velho mendigo e foi ao palácio dos Licaónidas para comprovar os rumores. Os jovens príncipes tiveram a ousadia de assassinar o próprio irmão Níctimo e servir suas entranhas ao hóspede, misturadas com entranhas de animais. Zeus descobriu a crueldade e, enfurecido, converteu todos em lobos e devolveu a vida a Níctimo que sucedeu seu pai no reino da Arcádia.

Foi então que, espantado com tanta violência instaurada entre a humanidade, Zeus decidiu exterminar a espécie humana. Os deuses se reuniram e Zeus expôs as terríveis condições que reinavam na Terra e anunciou que iria destruir todos os homens e criar uma nova raça que fosse mais digna de viver e que soubesse melhor cultuar os deuses. Tomou o seu raio, e já ia lançá-lo contra o mundo, destruindo-o pelo fogo, mas quando percebeu o perigo que um incêndio teria para os próprios deuses, decidiu então inundar a Terra.

Enquanto isso, os homens, sem nem desconfiar do que os espera, dedicam-se a suas ocupações terrestres.  Mas um deles, Deucalião, rei da cidade de Tia, visita seu pai, o titã Prometeu, que está ainda acorrentado em seu castigo na montanha do Cáucaso. Prometeu, que ama os seres humanos e sabe o que Zeus está projetando, avisa seu filho. Assim que volta para a cidade, Deucalião começa a construir um grande navio de madeira. Deucalião e sua esposa, Pirra, instalaram-se no barco e passaram a morar ali.

De repente, pesadas nuvens começam a escurecer o céu, torrentes de chuva caíram e as plantações inundaram-se. Não satisfeito, Zeus pediu ajuda a seu irmão Poseidon, que, com seu tridente, sacudiu a Terra com um terremoto formando ondas gigantescas que devastaram as cidades. Homens, animais, casas e templos foram completamente destruídos pelas águas.

De todas as montanhas, apenas a do Parnaso conseguiu ficar acima das águas. Nele o barco de Deucalião e Pirra encontrou refúgio. Zeus viu que apenas eles haviam sobrevivido e cessou a tempestade. Poseidon fez o mesmo.

Deucalião e Pirra não queriam ser os únicos habitantes neste imenso mundo e desejaram ter o dom de seu antepassado Prometeu, para assim recriar a humanidade. Entraram num templo ainda meio destruído e rogaram a um oráculo para que os esclarecesse sobre a maneira de agir naquela situação. O oráculo respondeu: 

"Saiam do templo com a cabeça coberta e as vestes desatadas e atirai para trás os ossos de vossa mãe".

Pirra ficou confusa com o que o oráculo disse. Mas Deucalião pensou seriamente e chegou à conclusão de que a Terra era a mãe comum de todos e as pedras seriam os seus ossos. Assim resolveram tentar. Velaram o rosto, afrouxaram as vestes, apanharam as pedras e atiraram-nas para trás. As pedras amoleceram e começaram a tomar forma humana. As pedras atiradas pelas mãos de Deucalião tornaram-se homens e aquelas atiradas pelas mãos de Pirra tornaram-se mulheres. E assim a humanidade ressurgiu.